sexta-feira, 30 de maio de 2025

Suspense no metrô

 

Mario estava preocupado. Eliane, sua filha, não havia voltado para casa e isso nunca tinha acontecido. Não deu notícias e o celular dela estava desligado. Ele ligou para várias pessoas, mas ninguém sabia o paradeiro dela.

Mais cedo, Eliane saiu para o trabalho e pegou o metrô, como fazia diariamente. Ela estava sentada num dos bancos, sozinha. Um homem bem vestido chegou ao lado dela e perguntou gentilmente se poderia se sentar ali e ela disse que sim.

Ele deu um sorriso, sentou-se e se apresentou, estendendo a mão direita para cumprimentar Eliane.

Gabriel. Muito prazer.

Ela retribuiu o cumprimento e ele logo começou uma conversa divertida sobre o seu trabalho e como não tinham se encontrado antes, já que ele pegava o mesmo metrô há muito tempo.

Depois de algum tempo, Gabriel, que causou uma boa impressão em Eliane, fez um convite para tomarem um café assim que chegassem à estação que ela desembarcaria. Havia um tempo disponível até que ela entrasse no trabalho e então ela aceitou a proposta.

Eles desceram do metrô e foram andando pela estação, quando Gabriel a puxou para entrar numa porta utilizada somente por funcionários que trabalham no local. Ela o seguiu, acreditando que teria um encontro amoroso às escondidas.

À noite, Mario recebeu uma ligação que o deixou completamente desesperado. Sua filha estava morta. Havia sido estuprada e mutilada.

Ele logo confirmou a informação, pois estava passando na televisão e soube que Gabriel já havia matado outras cinco mulheres em circunstâncias muito semelhantes, mas só agora essa informação foi revelada pela polícia.

A sua filha não iria mais voltar e no seu íntimo surgia um grande sentimento de vingança.


Podem até maltratar meu coração, que meu espírito ninguém vai conseguir quebrar.” Trecho da música Um dia perfeito da banda Legião Urbana.




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