sábado, 20 de fevereiro de 2010

Esperar é mesmo preciso?

Só poderia mesmo ser uma ilusão. Fantasia, sonho. Nada mais. Os pensamentos mais loucos passavam pela cabeça de Jaílson. Nada mais fazia sentido desde que Priscila lhe contou algo. Não era possível, ele pensava.
Nos últimos dois anos, ele viveu pensando que não tinha a menor chance, apesar de ter uma esperança no seu peito. O que ele mais queria parece que se tornaria mais do que provável e possível. Tornar-se-ia real. Estranhamente real. Era tão surreal pra ele que era difícil de acreditar. Ele criou uma idéia tão improvável na sua mente, que ele não conseguia ver a verdade.
Priscila havia dito que Marcela queria se encontrar com ele. Ela já estava cansada de esperar pela iniciativa dele. Priscila disse que Marcela sabia do interesse dele e sabia também que ele nunca teria coragem de declarar-se.
No início, Jaílson pensou que se tratava apenas de mais uma brincadeira da Priscila. Afinal, ela gostava de fazer esse tipo de coisa. Mas ele começou a enxergar a possibilidade de sua esperança se concretizar e isso era ótimo.
Foi ao local marcado no horário estabelecido e lá encontrou Marcela aparentemente esperando por ele.
- Oi – disse ele, feliz e ansioso.
- Oi – disse ela, sorrindo. Ela também parecia feliz. – Que bom que você veio.
- Eu estava pensando que a Priscila tinha inventado isso, mas parece que é mesmo real.
- Muito real. Você demorou pra perceber e eu cansei de esperar a sua iniciativa.
Ela colocou as suas mãos nas mãos dele e disse:
- Não quero mais perder tempo e você?

"Cadê você?
Não me canso de esperar,
mas vê se não vai demorar". Cadê você - Sorriso Maroto.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval

É carnaval. Tempo de alegria e muita diversão. Tempo de extravasar e vestir o que der vontade. Parece que vale tudo mesmo nessa época.
Carla estava em sua cidade, no sábado de carnaval, esperando o outro dia para viajar para um local mais tranqüilo. Ela só não esperava que a sua casa fosse ficar tão cheia. Pensou que nesse ano de crise o movimento na cidade seria menor.
Carla mal esperava o dia passar para poder viajar para um interior ali perto, um local bem mais tranqüilo, cheio de cachoeiras e lugares exóticos.
Paulo, uma das muitas pessoas que estavam na sua casa nesses dias, ouviu Carla falando que iria viajar para um lugar mais tranqüilo e ficou pensando se deveria perguntar se poderia ir junto, afinal ele gostava de folia no carnaval, mas também gostava de descanso. Além disso, percebeu que seria uma ótima oportunidade de conseguir enfim ter coragem de falar com Carla. No ano passado, ele até tentou, mas ela viajou tão rápido que ele não teve tempo.
Nesse ano, ele não queria perder tempo.
Falou com uma amiga de Carla que também ia viajar e perguntou se poderia ir junto e ela disse que sim. Ele perguntou se Carla tinha namorado e ela disse que não. Ele disse que pensava nela desde o ano passado e a amiga de Carla riu. Disse que falaria com ela, mas disse que seria difícil, pois ela estava triste, tinha terminado seu namoro há pouco tempo.
Essa é a minha oportunidade, pensou Paulo.
Chegando ao local, toda aquela beleza natural ajudou Paulo a conseguir o seu intento. Paulo foi direto. Disse que desde o ano passado não parava de pensar em Carla. Ela duvidou um pouco disso, mas se rendeu, afinal ela tinha que se alegrar. Era carnaval.