quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Sobre intensidade e reciprocidade

 

Monalisa estava colocando a culpa do fracasso dos seus relacionamentos amorosos na sua intensidade. E, depois de tantas decepções, já estava começando a acreditar que tinha o dedo pobre, mas era só uma fase ruim.

Ela é intensa e tem um bom coração e achava que isso era o seu grande problema. Mas na verdade é uma dádiva, que deve ser aproveitada.

Monalisa ainda entenderia que o problema não é ser intenso. É a falta de reciprocidade que traz problemas. Não adianta colocar intensidade onde não existe nenhum sentimento. Ninguém pode amar por dois.

O problema não é a intensidade, mas onde você está depositando o seu sentimento.

Mas eu não consigo me controlar e me entrego por inteiro sempre. Ninguém manda no coração, ela dizia pra si mesma.

Será mesmo? Algumas vezes basta refletir um pouco para perceber que o coração está tentando nos enganar.

Ela se envolveu com as pessoas erradas. Investiu demais em quem não queria nada. Não prestou atenção aos detalhes. Foi enganada por pessoas que fingiram muito bem.

Mas Monalisa acordou pra vida e começou a ter um pouquinho mais de cuidado ao escolher uma pessoa pra se envolver, ser um pouco mais seletiva.

Ela já foi feita de trouxa mais de uma vez, mas agora ela está bem atenta, aprendeu muita coisa, e ser intensa e ter um bom coração não a impede de ter alguns cuidados básicos e uma intuição apurada para detectar embustes a léguas de distância.

Ela finalmente entendeu que intensidade e reciprocidade podem caminhar lado a lado.


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Amar por dois só me dá prejuízo”. Trecho da música Bebi liguei da cantora Marília Mendonça.




Um comentário:

  1. Olá,
    Ah, me identifiquei um tanto com a Monalisa, mas acho que tirar um tempo - mesmo que longo - pra si é muito importante.

    até mais,
    Canto Cultzíneo

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