Rosana
estava triste, sentia-se sozinha, solitária, queria ficar isolada
para que ninguém mais lhe dissesse que ela estava gordinha,
acima do peso, fofinha
e
outras palavras semelhantes.
Algumas
vezes nem era necessário que as pessoas falassem, pois as expressões
faciais e os olhares críticos já a atingiam como uma flecha
envenenada. E algumas dessas expressões eram bem piores do que
palavras.
Ela
não tinha sossego, não era feliz, não se divertia, não apreciava
a própria companhia, pois sempre achava algum defeito pra ficar se
martirizando, mesmo quando ninguém dizia e nem demonstrava nada.
Sua
irmã, que era magrinha, também não gostava do corpo dela, pois
queria ter uma silhueta sarada, bem definida.
Rosana
viu entrevistas de mulheres lindas, capas de revistas, modelos,
atrizes, cantoras, que também não aceitavam sua imagem no espelho.
Elas sempre tinham algum detalhe que as deixavam insatisfeitas e
algumas delas já realizaram vários tratamentos e cirurgias
estéticas.
Rosana
não estava tão acima do peso ideal assim
e começou a se fazer algumas perguntas. O que é peso
ideal? Quem definiu isso? Quem pode dizer qual é meu peso ideal? E
então ela gritou um palavrão bem alto e foi algo extremamente
libertador.
Ela,
então, caiu na real. De repente, ela percebeu que devia se aceitar,
que devia gostar de si mesma, que pequenos defeitos são comuns e é
preciso conviver com eles. E isso não significa que ela não devia
se cuidar, fazer exercícios e diminuir a comida não tão saudável
assim. Ela faria isso, mas sem pressão, sem sacrifícios.
Daqui
a pouco, aquelas pessoas que a criticavam vão falar que ela é
persistente, que teve força de vontade pra diminuir seu peso, mas
não era por causa de alguns elogios que ela estava fazendo isso.
Ela
ia fazer isso por ela mesmo e não pelos outros. Elas poderiam
continuar dizendo que ela estava gordinha, mas agora ela seria a gordinha mais feliz do mundo.
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“Je
n'ai qu'une philosophie
être
acceptée comme je suis.
[Apenas
tenho uma filosofia ser aceita como sou].”
“I'm
no beauty queen. I'm just beautiful me.
[Eu
não sou a rainha da beleza. Eu apenas sou bonita como sou].”
Trechos
das
músicas
Ma
Philosophie e
Who Says,
das
cantoras
Amel
Bent e Selena Gomez.
Texto super válido!
ResponderExcluirA gente precisa se amar, aceitar e criar os próprios padrões de beleza.
:D
Beijoooos
www.casosacasoselivros.com
Amor próprio é tudo de bom! E se for mudar, que seja por vontade própria, né? Gostei do texto, mega válido, devemos falar muuuito sobre autoaceitação.
ResponderExcluirUm beijão,
GABS | likegabs.blogspot.com
Oi Diego, tudo bem?
ResponderExcluirAdorei a reflexão e o desfecho da protagonista. <3
Que bom que ela conseguiu se amar! O amor próprio é o sentimento mais importante, só temos esse corpo uma vez, e ele é muito mais do que uma casca bonita.
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Olá, Diego.
ResponderExcluirVocê contou minha história ai hehe. Cheguei a ter bulimia porque achava meu corpo horrível se comparado as minhas amigas. Mas então um dia percebi que a beleza é diferente para cada um e que o padrão estabelecido pode mudar de uma hora para outra e o que é bonito hoje amanhã pode não ser mais. Por isso hoje controlo meus exames de sangue e de resto sou feliz do jeito que sou.
Prefácio
Hey Diego! Tudo bem?
ResponderExcluirGeralmente esse processo de aceitação por parte das mulheres demora um bocado pra acontecer, o processo é lento.
Adorei o seu texto, muito incentivador.
Obrigada por comentar lá no blog.
Volte sempre!
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Queria aumentar minha autoestima como Rosana, mas, é complicado que isso aconteça ;-;
ResponderExcluirBeijos! Gravado na Memória