Carla
era jovem, cursava o terceiro período do curso de Engenharia Civil e
começou a se envolver amorosamente com Ricardo, que estudava na
mesma faculdade.
Logo
no início, ele disse que não queria nada sério, nada de
compromisso, namoro nem nada parecido. O máximo que poderiam ter era
uma espécie de amizade-colorida.
No
começo, ela aceitou numa boa e até gostou desse tipo de
envolvimento. Afinal de contas, ela não teria que dar satisfação
do que estava fazendo, pra onde iria, com quem estava. E ainda teria
alguém pra ficar quando quisesse. Parecia perfeito.
Ela
o achava divertido e despojado e eles se davam muito bem durante o
pouco tempo que passavam juntos.
Mas,
depois de três meses, o que parecia perfeito começou a não ser
mais suficiente. Ela queria mais, queria passear de mãos dadas,
pegar um cineminha, queria alguém mais presente, alguém que ela
pudesse contar quando as coisas não estivessem bem, que a apoiasse,
que não fosse embora logo depois de fazer amor, que a levasse para
viagens maravilhosas e que a olhasse nos olhos e sentisse que é
amada. E tantas outras coisas que um simples contatinho nunca poderia
dar a ela.
Passados
mais um mês, sempre que ele ia embora, ela se sentia triste,
depressiva, sozinha, nervosa e angustiada. Certa vez, ela disse como
se sentia e que ele era o culpado.
– Eu
sinto muito, muito mesmo – ele disse e parecia muito triste. – Eu
gostaria de poder te dizer que a gente vai ficar juntos, que eu te
amo e que tudo vai ficar bem, mas infelizmente não é o que sinto.
Eu queria mesmo. Você é uma pessoa maravilhosa e eu não estou
brincando. É a pura verdade. Mas eu não posso fingir que gosto de
você a ponto de começar um namoro… Infelizmente. A única coisa
que posso fazer é ir embora e ser um amigo quando você precisar, um
amigo mesmo. Nada de amizade-colorida.
Ela
ficou extremamente triste e concordou em dar um fim no seu lancinho.
Essa palavra veio na sua mente e ela se sentiu mal. Ao menos
continuariam amigos, pelo menos por um tempo. Ela não o odiava,
afinal estava tudo muito claro desde o início.
Mas
ela estava decidida. Nada de contatinhos. Sua vida mudaria a partir
dali. Seria feliz com alguém que a amasse de verdade. Ela chorou,
sabendo que o tempo curaria suas feridas e que a vida estava apenas
no início.
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“Eu
sei que você quer alguém pra apresentar pros pais, postar uma foto
juntos nas suas redes sociais. Viajar fim de semana, combinar os
pijamas, beber no mesmo copo, comer no mesmo prato. Desculpa, eu sou
o cara errado. Eu não nasci pra ser mozão. Nasci pra ser
contatinho.” Trecho da música O cara errado, do cantor
Wesley Safadão.
Olá, Diego.
ResponderExcluirTem muitas garotas que aceitam só ficar porque acham que com o tempo o cara vai mudar de ideia. mas se não é isso que ela quer para a vida dela não deveria nem começar algo que não vai ter futuro. Gostei bastante do texto.
Prefácio
Oi Diego,
ResponderExcluirAdorei a ideia do texto.
Imagino a decepção quando a pessoa não está na mesma sintonia que você e daí você não sabe como deixar claro, sem magoar.
até mais,
Canto Cultzíneo
Oi Diego, tudo bem?
ResponderExcluirOs contatinhos só servem quando ambos estão na mesma página, querendo curtir a solteirice. Pelo menos nesse conto um dos lados foi 100% honesto, o foda é quando alguém te engana e te faz acreditar que quer algo sério.
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Quem nunca, né?
ResponderExcluirA gente se sabe desde o início como vai ser mas tem aquela esperança que vai ser diferente.
Beijoooos
www.casosacasoselivros.com
Esse texto representa muito essa geração
ResponderExcluirwww.blogsereiando.com
Hey Diego! Tudo bem?
ResponderExcluirIsso acontece tanto hoje em dia...
Obrigada por comentar lá no blog.
Volte sempre!
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A Realidade escrita em poucas palavras, amei o texto!👏
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