sábado, 5 de fevereiro de 2011

Na praça

As coisas não estavam indo bem na vida de Plínio. Ele estava com dificuldades na faculdade e no seu trabalho, sem falar na sua vida amorosa, que praticamente deixou de existir há algum tempo.
Ele estava dando um tempo; não queria mais se envolver com ninguém desde que foi rejeitado um ano atrás pela mulher que ele considerava o amor de sua vida.
E, num desses dias comuns, que nada tem de especial, Plínio foi pra praça perto de sua casa, refletir e pegar um ar fresco.
Ele só não sabia que mais uma pessoa tinha ido lá pelo mesmo motivo. E ela estava sentada no banco ao lado, tão pensativa que o fez imaginar o que a afligia tanto. Mas ele não queria conversar, já tinha até perdido a prática. Só não esperava que ela fosse se sentar ao seu lado e lhe perguntar o seu nome.
Ele disse seu nome e perguntou o dela. Ela disse que se chamava Laura, tinha 19 anos e estava muito triste, apesar de ele não ter perguntado. Ela falou que se sentia perdida, teria que fazer o curso que seus pais escolheram para ela, mesmo sem ela gostar nem um pouco do ramo. E não era só isso: seu ex-namorado, paranóico, não a deixava em paz, vivia sendo perseguida por ele, que já havia até ameaçado alguns amigos dela.
Ele ouviu tudo paciente e atenciosamente. Foi aí que ela perguntou por que ele estava tão preocupado e ele ficou aliviado depois de contar todos os seus problemas e eram muitos.
Já no final da tarde, ela disse que tinha que ir embora, mas antes, meio sem jeito, falou que desejava saber se ele queria sair com ela.
- Apesar de você ter um ex-namorado paranóico, eu gostaria muito de sair com você – disse ele, sem pestanejar. – Mas, antes disso, eu quero saber se você quer ser minha namorada – ele gesticulou, dando a entender que ainda não tinha terminado de falar. – Sei que estou sendo apressado, mas é que acho que não vou conseguir esperar até amanhã. Acho que estou apaixonado e há muito tempo não sei o que é isso.
Ela sorriu e o abraçou.
- É claro que quero. Também não sei se conseguiria esperar até amanhã. Acho que nunca me senti assim antes.
Ficaram ali mais uma hora, namorando. E no outro dia saíram e se sentiam cada vez mais apaixonados. 


“After all this time
I never thought we'd be here
Never thought we'd be here
When my love for you is blind
But I couldn't make you see it
Couldn't make you see it
That I loved you more than you'll ever know
and part of me died when I let you go.” Blinde – Lifehouse.

2 comentários:

  1. Nossa deve ser horrível ter um namorado paranóico...


    Gostei da postagem.

    abraços

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  2. Obrigado pela visita ao meu blog.

    abraços
    de luz e paz

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