segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Ameaça de felicidade

 

É difícil de acreditar que eu esteja querendo abrir meu coração depois de tanto tempo. Mas você chegou de repente, de mansinho, e me fez voltar a desejar algo mais envolvente.

Logo eu que não queria me envolver, que estava protegido de qualquer emoção, seguindo a moda de não se apegar, evitando relacionamentos de longo prazo. Provavelmente eu só estava tentando me esconder e proteger meu coração machucado de mais uma decepção.

E agora estou disposto a baixar minha guarda e se entregar ao amor. Mas não antes de me assegurar que você não é só mais uma que vai embora sem deixar saudades ou, ao contrário, uma que vai deixar muitas lembranças e meu mundo sem chão.

Mas não existe esse tipo de segurança, só existem indícios, meras expectativas. É tão bonito acreditar que tudo vai dar certo, que vai ser perfeito, que existe uma confiança inabalável e vamos ser felizes para sempre, mas tudo pode desabar tão rapidamente, sem aviso prévio. De fato, o que existe é a esperança de que seremos uma das exceções nesse mundo cheio de fingimento e reviravoltas.

Então, o que fazer, se a minha vontade é correr esse risco, abraçar esse medo até que ele suma e deixar fluir esse sentimento que está se formando?

Há uma espécie de conflito entre a proteção e a vontade, porém, quanto mais me aproximo de você, esse aparente embate tende a seguir para o caminho de um relacionamento sério, o que pra mim era inimaginável até você aparecer.

E eu fico pensando no que você tem de especial para despertar esse sentimento e simplesmente não consigo explicar. Atração, conexão, química… Não há palavras para descrever. No fundo, acho que não deve mesmo existir uma explicação, mas algo em você é como um ímã e eu fico inevitavelmente atraído pelo seu olhar.

Só me resta fazer o meu melhor por nós e esperar que tudo corra bem porque não posso mais ficar preso dentro de mim mesmo, deixando a oportunidade passar.


Estranho seria se eu não me apaixonasse por você.” Trecho da música All Star, de Cássia Eller.




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