Alessandra
era jovem, cursava o sétimo período do curso de Direito e se
envolveu amorosamente com um professor durante três meses.
Viu
que ele era ciumento demais e terminou o relacionamento. Lógico que
ele não aceitou de forma pacífica o fim e ligava diversas vezes,
tentando reatar o namoro. Às vezes a seguia e chegou a ameaçá-la
de morte.
Ele
era professor de Direito e, como alguém formado na área, deveria
saber que ameaça é crime, mas com o passar do tempo as ameaças
foram aumentando e ela se viu num beco sem saída.
Denunciou
a situação ao diretor do curso, que não deu muito crédito à
história e preferiu não fazer nada.
A
família dela estava preocupada e tentou comunicar o caso à polícia,
mas o professor cumpriu a ameaça muito rapidamente e, numa manhã
chuvosa, quando Alessandra saía de sua casa, em seu carro, ele
chegou e adentrou o veículo. Ela ficou assustada e ele disse que não
conseguia mais viver sem ela. Ele parecia muito instável e
desesperado.
Ela
tentou acalmá-lo e disse que eles poderiam marcar um jantar e
conversar. Mas ele já estava decidido. Sacou a arma e atirou na
cabeça de Alessandra, que caiu morta.
Logo
em seguida, ele colocou o corpo dela no banco traseiro e dirigiu o
veículo até a delegacia mais próxima e se entregou.
No
enterro, o pai de Alessandra estava desamparado. Não conseguia
sequer ficar de pé. Ela era a alegria dele, um lavrador, que teria a
chance de ver a sua única filha se formar. Esse era o seu grande
sonho, que não mais se realizaria por causa do ciúme doentio do
ex-namorado.
“Um
cara enciumado só faz o que é errado e acaba tudo em dor.” Trecho
da música Ciúme exagerado da dupla Edson e Hudson.