Como em toda boa história de suspense, era noite e chovia.
Raios e fortes trovoadas irrompiam pela noite escura.
Para completar o quadro, faltou energia e Isaac, que estava só
em casa e tinha apenas 17 anos, começou a ficar com medo.
Ele, então, tentou encontrar uma vela para clarear o ambiente.
Tinha esquecido seu celular no quarto e por isso ficou mais difícil
achar a vela. Com muita dificuldade e medo, conseguiu pegar uma vela
e o isqueiro e a acendeu, ficando um pouco mais tranquilo.
Foi aí que escutou um barulho estranho vindo da parte de trás
da casa e se lembrou que poderia ser seu gato, mas o barulho
continuou e não era seu gato, pois ele viu que o bichinho
estava ao seu lado.
Isaac ficou com mais medo e, então, ouviu um barulho ainda
mais estranho vindo da porta da frente. Era um ruído suave,
mas assustador, como o som de um giz sobre o quadro.
Seu coração acelerou os batimentos e sentiu tanto medo
como nunca havia sentido. Começava a acreditar que a casa era
mal assombrada, como nos filmes de terror.
Nesse momento, seus pais chegaram e, quando entraram, viram que Isaac
estava muito assustado.
- O que foi, filho? – perguntou sua mãe, aflita.
- Você não viu o que tinha lá fora? Estava
ouvindo barulhos muito estranhos.
- Filho, não havia nada lá fora, só uma galha da
árvore que caiu aqui em frente e estava rosnando na porta –
sua mãe o abraçou, sorrindo da situação.
O pai também riu e Isaac acabou rindo também,
finalmente se acalmando.
“Que o riso seja sua fala toda vez que a sua voz acabar.” Trecho
da música Nada entre o valor e a vergonha, da banda Rosa de
Saron.