Jadiel
e seu amigo Jorge combinaram de beber no final de semana. E Jorge
chamou mais dois conhecidos dele.
Eles
foram para um bar no centro da cidade e começaram a beber e a
conversar, como muitas outras pessoas fazem nos fins de semana e até
em dias de trabalho.
Tudo
estava tranquilo. Eles estavam sentados na calçada e a todo momento
passavam carros e motos pela rua. E uma dessas motos parou em frente
a eles. Dois sujeitos estavam na moto e ambos usavam capacetes com
viseiras pretas.
O
sujeito que estava na garupa da moto desceu e sacou uma arma. Atirou
três vezes e acertou os dois conhecidos de Jorge, que se feriram sem
gravidade. Acertou também o peito de Jadiel, que já caiu morto.
Os
dois sujeitos saíram dali rapidamente, quase sem serem notados. E
a placa da moto? Alguém anotou? Ninguém viu placa alguma,
provavelmente porque havia sido retirada.
Jorge
ficou desesperado. Ele sabia que os dois sujeitos tinham vindo
matá-lo. Sabia o motivo: havia transado com uma mulher casada e o
marido, sabendo do acontecido, havia prometido vingança.
Jadiel
não havia feito nada de errado. Estava apenas se distraindo depois
de uma semana exaustiva de trabalho.
Era
jovem. Faria vinte e um anos de idade em poucos dias.
Mas
não vai mais comemorar seus aniversários porque morreu de forma
precoce e banal.
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“A
violência é tão fascinante e nossas vidas são tão normais.”
Trecho da música Baader-Meinhof
Blues,
da banda Legião Urbana.