segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Oi, sumida? (de novo não)

 

No começo da noite, Daniel disse: oi, sumida.

Dias atrás, Valentina teria achado o máximo, ficaria muito animada e responderia o mais rápido possível, já imaginando que eles se encontrariam naquela noite.

Eles já estavam se envolvendo há um ano. Logo no início, ele disse que não queria nada sério, nada de compromisso, namoro nem nada parecido. E ela aceitou numa boa e até gostou desse tipo de envolvimento. Afinal de contas, ela não teria que dar satisfação do que estava fazendo, pra onde iria, com quem estava. E ainda teria alguém pra ficar quando quisesse. Parecia perfeito.

Mas, depois de dois meses, ele começou a aparecer num dia e sumir durante quinze dias ou mais, e o que parecia perfeito começou a não ser mais suficiente. Ela queria mais, mas continuou se envolvendo com ele, mesmo expondo seus sentimentos (não correspondidos por ele, que fingia que nada tinha escutado) e sabendo que aquilo não estava lhe fazendo bem.

Naquela noite, porém, ela disse que foi ele que sumiu e agora ela que ia sumir. Disse adeus. Até nunca mais.

Ela foi curta e grossa. Poderia até nem ter respondido, deixado ele no vácuo, mas ela preferiu ser clara e sincera pra não deixar margem para ele fingir que não entendeu.

Valentina cansou de esperar ele aparecer depois de tanto tempo e de mendigar por migalhas. Colocou um pouco de vergonha na cara, amor-próprio no peito e mandou ele pastar.

Sabia que o seu coração poderia ficar despedaçado por um tempo, mas ninguém morre de amor, né? O tempo vai curando e os pedaços vão se juntando, e um novo amor vai surgir.

 

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Quando eu olho, você já sumiu. Meu mundo desaba e a ficha caiu. Tô sozinho chorando, sofrendo, por sua ausência. De repente, você aparece e o coração não obedece. […] E quando eu começo a gostar aí você some, nem lembra o meu nome. Depois volta querendo somar. Desculpe, desse jeito assim não dá”. Trechos da música Ou some ou soma, da dupla Jorge e Mateus.



sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Você quer jogar? (jogo do amor)

 

Jair conheceu Nadine numa balada sertaneja. Já estava quase no final da festa quando ele a avistou e foi até ela para conversar. Eles estavam alegres, como é de se esperar numa balada desse tipo. Já tinham bebido alguns drinks, mas ela disse que já estava de saída porque suas amigas estavam indo embora.

Ele, então, pediu o número do celular dela e ela o passou numa boa e se despediu.

No outro dia, Jair a chamou para conversar por meio de um aplicativo de celular e eles conversaram bastante. A conversa estava fluindo muito bem. Mas, quando ele a chamou para sair, ela disse que eles precisavam conversar mais, pois ela não o conhecia muito bem.

Faz sentido, ele pensou. E então eles conversaram por mais uma semana, todos os dias, e o papo geralmente era bem agradável, mas algumas vezes ela demorava muito para responder e outras vezes não respondia.

Ele ligou o sinal de alerta, mas continuou conversando com ela e, depois de muita insistência dele, finalmente eles marcaram um encontro num bar/restaurante com boa música sendo tocada ao vivo.

Eles conversaram alegremente durante um tempo, comeram alguns aperitivos e parecia que tudo ia muito bem, apesar de ela mexer muito no celular e olhar muitas vezes para os lados. Ele, então, olhou bem fundo nos olhos dela e disse:

Eu gosto de você. Estamos conversando há algum tempo, mas ainda não sei se você me quer também. Parece que você está sempre fugindo quando tento algo. Eu não gosto tanto assim de mistério, só nos livros, seriados e filmes… – ele disse, sorrindo, e ela achou engraçado. – É muito simples. É só dizer sim ou não.

Mas ela pensou que o amor era um jogo, que tinha que dificultar as coisas e disse que não sabia. Realmente ela não sabia que ele estava cansado de joguinhos, de complicação, estratégias, fórmulas…

Quando você souber me avisa. Gosto de pessoas decididas, de quem sabe o que quer – ele disse, tentando ser o mais educado possível.

Ele chamou a garçonete, pagou a conta, despediu-se brevemente e saiu.

Ela ficou mais um tempo ali sentada, pensando; parecia impressionada. Ela não estava acostumada a ser tratada assim. A maioria dos homens que ela se relacionava fazia quase tudo o que ela queria e ficava implorando por atenção.

Nadine ficou pensativa por alguns dias, mas só o chamou para conversar uma semana depois. Ela disse que queria marcar outro encontro, mas ele disse que já estava saindo com outra mulher. A fila anda, ele pensou. E ela percebeu que perdeu uma grande oportunidade.


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Só dizer sim ou não, mas você adora um se”. Trecho da música Se, do cantor Djavan.




terça-feira, 30 de julho de 2024

Você decidiu ficar

 

Quando eu pensei que você ia partir, você decidiu ficar.

Parecia que tudo estava desmoronando. Nada dava certo e minha esperança estava quase acabando.

Eu pensei que você ia me deixar, afinal de contas eu parecia um fracassado naquele momento e ninguém gosta de lidar com os problemas dos outros. Mas ainda bem que eu estava enganado.

No meu pior momento, você permaneceu e me apresentou um amor que só se via na ficção.

E aquele também foi o meu melhor momento porque naquele instante eu tive a certeza de que você era a mulher da minha vida.

As coisas ainda estavam ruins, mas acabaram se ajeitando aos poucos, pois você me ajudou a superar tantos obstáculos, trouxe-me uma força extraordinária, que eu nem imaginei que tinha, e tudo foi se encaixando, oportunidades apareceram e nossa vida deslanchou.

Mas nunca me esqueço que no fundo do poço você ficou ao meu lado e me mostrou o amor que eu só via nos melhores livros e filmes de romance.

A vida é feita de escolhas, de decisões, e a sua decisão de ficar foi a mais importante das nossas vidas.


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Quando jurei que você ia embora, mas você decidiu ficar”. Trecho da música Primeiro Dia, da cantora Manu Gavassi.




sábado, 29 de junho de 2024

Primeira vez (de novo)

 

João Pedro estava voltando pra casa depois de um dia exaustivo de trabalho. Estava chovendo e o carro à frente deu uma freada brusca. De repente, ele perdeu o controle de seu carro, que capotou três vezes e colidiu com outro veículo.

Quando acorda, dois dias depois, ele fica confuso e percebe que está num hospital. A enfermeira chama o médico, que faz algumas perguntas básicas para João Pedro, mas ele não sabe respondê-las.

Bianca – esposa de João – entra no quarto e pergunta como ele está, mas ele diz apenas:

Quem é você?

Ela sai do quarto correndo e chorando. Um milhão de pensamentos passam pela sua mente. Depois de alguns minutos, ela procura o médico, que diz que essa perda de memória pode ser temporária e dentro de alguns dias tudo pode voltar ao normal.

Três dias depois, João Pedro recebe alta e volta para a casa dos pais. Os danos físicos estavam praticamente curados, mas a memória ainda não havia voltado. Pelo menos os oito anos anteriores ao acidente estavam esquecidos.

Os pais dele e Bianca tentaram relembrar alguns acontecimentos importantes na vida dele e ele se esforçava para não demonstrar impaciência, pois ele não estava nada confortável com aquela situação.

Pra ele, Bianca era uma completa estranha por mais que algumas fotos e vídeos mostrados a ele dissessem o contrário.

Depois de duas semanas na casa dos pais, ele percebeu que sua mãe também não estava confortável com aquele cenário. Sem querer, ele ouviu uma conversa entre eles e descobriu que eles estavam divorciados há mais de dois anos, já tendo outros companheiros.

Ele ficou pensativo, nunca imaginou que isso poderia ocorrer, afinal eles se davam muito bem. Mas ele percebeu que essa era uma oportunidade para voltar para sua própria casa e não deixar seu casamento acabar, por mais que ele não se lembrasse de sua esposa.

Ao voltar para casa, Bianca o recebeu com muita alegria e ele decidiu se entregar novamente à sua esposa, como se fosse a primeira vez. Mas não foi nada fácil. Ela achava que ele estava muito diferente, não parecia o homem seguro e experiente pelo qual havia se apaixonado. E ele teve que conhecê-la novamente, voltando ao primeiro encontro.

Ela planejou saídas para lugares que costumavam ir, mas ele não estava reagindo como ela esperava. Mesmo assim, ele estava gostando daquela experiência e, à medida que eles conversavam, ele ia sentindo algo nascer em seu coração. Era uma pequena faísca, o início de um sentimento que logo explodiria.

Eu quero te reconquistar – ele disse no final da noite.

Você me conquistou há muito tempo – ela disse, emocionada.

Nos dias que se seguiram, eles foram se aproximando cada vez mais e, no terceiro mês após o acidente, as memórias de João Pedro foram voltando lentamente, juntando-se com as histórias escritas recentemente.

Não se pode dizer que tudo voltou ao normal, pois o que aconteceu entre eles foi muito além do comum.


Tudo o que tenho de valor são as minhas memórias. Se elas partissem, eu partiria em dois”. Trechos da música Ninguém mais, da banda Rosa de Saron.




quinta-feira, 30 de maio de 2024

Humor, infertilidade e gravidez inesperada

 

Paulo estava retornando ao consultório médico para saber o resultado dos seus exames de fertilidade. Ele estava todo alegre e já chegou dando uma boa notícia ao médico.

– Doutor, não preciso nem saber dos resultados. Minha mulher está grávida de dois meses!

Osvaldo, o médico, colocou a mão na cabeça e pareceu um pouco surpreso.

– Eu preciso te contar uma coisa – disse o médico, nitidamente desconfortável. – A gente fez o exame duas vezes, com duas contraprovas, de coletas diferentes, e o resultado é que você é estéril…

– Não pode ser, doutor. Isso deve tá errado.

– A gente pode refazer o exame, se você quiser, mas esses exames raramente falham.

– Então, como minha mulher pode estar grávida?

O doutor ficou ainda mais desconcertado, mas precisava manter o profissionalismo.

– Existem algumas possibilidades, mas deixa eu te contar uma história.

O médico fez uma pequena pausa.

– Um homem saiu pra caçar e já ia atirar numa capivara, quando ele escutou um tiro e o animal caiu, ferido.

– Então outro homem atirou – Paulo disse.

– É isso que estou tentando dizer sobre a gravidez da sua esposa…

E então Paulo entendeu tudo e não teve como disfarçar sua cara de tristeza e constrangimento.

 

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Não queira saber como é ser sempre o último, o último a saber”. Trecho da música O último a saber, da banda Biquíni Cavadão.




terça-feira, 30 de abril de 2024

Fingindo que não vai dar merda

 

Algumas vezes, a gente sabe que vai dar merda, mas continua fingindo que está tudo bem.

Isabela conheceu Evando há pouco tempo, mas já sabia que ele não era o genro que sua mãe sonhava.

Mesmo assim, ela se envolveu com ele e teve algumas decepções.

"Ele não vale nada", "ele nunca vai mudar", "eu não devia me entregar a ele", "eu não devia ter dado essa chance pra ele". Tudo isso passava pela cabeça dela, mas a sua ansiedade, carência, baixa autoestima e falta de amor-próprio estavam atrapalhando.

Ela estava arrependida e frustrada, pois não seguiu seus próprios conselhos e acabou se decepcionando mais uma vez. Mas quem nunca deixou de seguir seus próprios conselhos?

A essa altura do campeonato, ela já deveria ter percebido que pode ser muito mais do que uma saída esporádica quando ele aparece dizendo “oi, sumida”.

Mas, algumas vezes, a gente sabe que vai dar merda e continua fingindo que está tudo bem.


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Tá tudo bem, se vai mal”. Trecho da música Vendaval, do cantor Ed Motta.





domingo, 31 de março de 2024

Mal-humorada

 

Rita era universitária, fazia o curso de Direito, tinha casado há poucos meses e tinha uma vida que aparentava ser feliz, especialmente nas redes sociais. Lá sua vida era uma maravilha, cheia de viagens para lugares magníficos e saídas noturnas para restaurantes e boates chiques.

Entretanto, por mais que sua vida estivesse aparentemente muito bem resolvida, ela vivia resmungando de coisas banais, estava quase sempre mal-humorada.

Na sala de aula, ela não cumprimentava a maioria das pessoas e algumas vezes até virava a cara. Reclamava das aulas e dos professores, alegando que estes não sabiam passar o conteúdo. Devia ser esse o motivo de suas notas baixas.

Recentemente, ela começou a realizar uma obra na fachada da casa, mas depois de uma semana decidiu refazer tudo novamente porque não tinha gostado do visual que ela mesma tinha pretendido com a mudança.

O responsável pela obra já conhecia a fama de Rita, pois seus colegas já o tinham avisado que ela gostava de desfazer projetos. Na construção da casa, três mestres de obras pediram para abandonar o projeto porque não suportaram as exigências dela. Como era uma obra pequena, ele tinha aceitado, mas estava querendo desistir da empreitada.

- Ninguém aguenta essa mulher – ele chegou a dizer ao seu ajudante.

Dias atrás, ela estava assistindo uma reportagem sobre pessoas que passaram por situações dramáticas, mas que preferiam ver o lado bom das coisas, como um homem que perdeu uma perna e, depois de meses de depressão, viu sua vida se transformar completamente e se sentia muito mais feliz do que antes do acidente.

Havia também um pequeno agricultor que tinha perdido uma plantação inteira por causa das condições climáticas adversas. Ele sabia do prejuízo financeiro, da crise que estava passando, mas preferia sorrir e agradecer porque tinha uma terra para plantar e uma família linda para cuidar, afinal seu neto tinha acabado de nascer.

Essas histórias eram emocionantes para a maioria das pessoas, mas Rita não conseguia ver motivos para sorrir ou agradecer e a sua mente só via as perdas da perna e da plantação.

Algumas pessoas diziam que ela era assim porque era mal-amada e que seu esposo não a satisfazia, mas não era esse o caso. Eles se davam bem, tinham um relacionamento dentro da normalidade.

E ele era um sujeito alegre, divertido, simpático, educado e conhecido por seus amigos como gente boa. Ele parecia não ver os defeitos da mulher. Mas ultimamente ele tinha começado a notar algumas indelicadezas da parte dela e uma dúvida começou a surgir em sua mente.

Seu marido tentou salvar seu casamento durante alguns meses, mesmo não vendo melhoria no humor dela. Mas ela não queria mudar, talvez pensasse que não tinha motivos para isso e que era assim mesmo e continuaria assim e ele teria que aceitá-la do jeito que ela é.

Ele tentou utilizar argumentos lógicos e exemplos de pessoas que mudaram de atitude e tiveram grandes resultados, mas ela parecia nem ouvir. Seu mau-humor tinha interferido na sua maneira de enxergar o mundo e de ouvir opiniões divergentes. Ela estava fechada para novas formas de ver a vida e por isso o seu casamento acabou e suas amizades desapareceram.

E, de repente, ela se viu sozinha. Quem sabe uma hora dessas ela consiga ver o lado positivo das coisas e sua vida mude para melhor.

 

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Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente. A gente muda o mundo na mudança da mente. E quando a mente muda a gente anda pra frente.” Trecho da música Até quando, de Gabriel, o Pensador.



quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Vício nas redes (anti) sociais (disfunção da realidade)

 

Ariane era uma garota antenada. Tinha computador, notebook, iPad, iPhone, iPod e outros acessórios eletrônicos.

Vivia conectada na internet. Estava sempre no Tiktok, Instagram, Whatsapp, Facebook, Twitter, entre outras redes sociais.

Mesmo na escola em que estudava o último ano do ensino fundamental, ela não largava do seu iPhone.

E na internet ela tinha muitos amigos. Muitos mesmo. Conversava com eles o dia quase todo, até mesmo de madrugada. Rolavam altos papos, todo tipo de assunto, sem nenhum embaraço.

E alguns desses seus “amigos virtuais” estudavam na mesma escola, mas só conversavam pela internet. Conversa cara a cara era raridade. E bota raridade nisso.

Alguns dias atrás, Ariane se viu numa situação inesperada: teve que apresentar um trabalho escolar. Como ela ia falar, se ela só teclava? Ela ficou muito nervosa e acabou chorando no dia da apresentação. Alguns colegas sorriram muito da situação.

No mesmo dia, ela postou uma frase em um de seus perfis na internet, com várias dessas carinhas tristes.

Que dia horrível. Nunca pensei que teria que falar em público. Prefiro a internet.

Um de seus colegas virtuais tentou conversar pessoalmente com ela na escola. Mas ela se escondeu. Parece que tinha medo de gente…


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Sometimes I feel like giving up, no medicine is strong enough. Someone help me, I’m crawling in my skin. Sometimes I feel like giving up, but I just can’t. [Às vezes eu sinto vontade de desistir, nenhum medicamento é forte o suficiente. Alguém me ajude, eu estou rastejando dentro da minha pele. Às vezes eu sinto vontade de desistir, mas eu não posso” Trecho da música In My Blood de Shawn Mendes.





quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Ciúme doentio

 

Alessandra era jovem, cursava o sétimo período do curso de Direito e se envolveu amorosamente com um professor durante três meses.

Viu que ele era ciumento demais e terminou o relacionamento. Lógico que ele não aceitou de forma pacífica o fim e ligava diversas vezes, tentando reatar o namoro. Às vezes a seguia e chegou a ameaçá-la de morte.

Ele era professor de Direito e, como alguém formado na área, deveria saber que ameaça é crime, mas com o passar do tempo as ameaças foram aumentando e ela se viu num beco sem saída.

Denunciou a situação ao diretor do curso, que não deu muito crédito à história e preferiu não fazer nada.

A família dela estava preocupada e tentou comunicar o caso à polícia, mas o professor cumpriu a ameaça muito rapidamente e, numa manhã chuvosa, quando Alessandra saía de sua casa, em seu carro, ele chegou e adentrou o veículo. Ela ficou assustada e ele disse que não conseguia mais viver sem ela. Ele parecia muito instável e desesperado.

Ela tentou acalmá-lo e disse que eles poderiam marcar um jantar e conversar. Mas ele já estava decidido. Sacou a arma e atirou na cabeça de Alessandra, que caiu morta.

Logo em seguida, ele colocou o corpo dela no banco traseiro e dirigiu o veículo até a delegacia mais próxima e se entregou.

No enterro, o pai de Alessandra estava desamparado. Não conseguia sequer ficar de pé. Ela era a alegria dele, um lavrador, que teria a chance de ver a sua única filha se formar. Esse era o seu grande sonho, que não mais se realizaria por causa do ciúme doentio do ex-namorado.


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Um cara enciumado só faz o que é errado e acaba tudo em dor.” Trecho da música Ciúme exagerado da dupla Edson e Hudson.