Era
sábado à tarde, perto das duas horas, e Gustavo resolveu sair com
os amigos para beber um pouco, como faziam quase todos os fins de
semana.
Lá
pelas cinco da tarde, quando eles já tinham bebido e se divertido
bastante, ele decidiu que queria ir para um lugar mais movimentado e
beber mais um pouco.
Os
seus amigos não queriam deixar Gustavo dirigir, afinal ele tinha
bebido demais, mas ele insistiu tanto que seus amigos permitiram.
Enquanto
isso, algumas crianças brincavam de bola numa rua distante e sem
muito movimento. Elas se divertiam com a inocência ainda intacta e
com a alegria estampada em seus sorrisos.
Gustavo
saía do bar em que estava e trafegava no seu carro novo pelas ruas
da cidade a toda velocidade. Ele não costumava fazer isso. Era um
sujeito comportado e pacato, mas quando bebia ficava impulsivo e
descontrolado.
A
mãe de Leonardo, uma das crianças que brincava de bola, gritou:
-
Menino, vem pra casa. Sai do meio da rua.
E
Leonardo saiu da rua no instante em que Gustavo dobrou e colidiu com
três crianças, que morreram no mesmo instante. O impacto foi tão
forte que as crianças foram arremessadas a dezenas de metros de
distância.
Enquanto
Gustavo fugia, ninguém se lembrou de anotar a placa do carro porque
estavam muito preocupados em socorrer os meninos acidentados.
Naquele
momento a dor era maior. Havia um desespero no ar, gritos e lamentos.
Os culpados podiam esperar. Logo seriam identificados, pois o carro
de Gustavo era o único daquele tipo na cidade.