Dizem
que só se colhe o que se planta, mas todos já colheram rosas e
espinhos.
Muitas
vezes nem se sabe se algo é espinho porque alguns deles chegam
disfarçados de lindas rosas. E quem nunca teve uma decepção?
Também
dizem que decepção não mata, mas ensina a viver. E mesmo os mais
maduros, experientes e espertos (pra não dizer malandros) já
passaram por situações decepcionantes. Parece que é da natureza
humana enganar e ser enganado. Mas eu prefiro acreditar que não, que
as coisas podem ser diferentes, se houver vontade de ser diferente do
que normalmente se vê por aí.
Chega
um momento na vida em que percebemos o quanto é importante a
confiança num relacionamento. Sem confiança, a relação se
desgasta e fica em idas e vindas intermináveis. E isso vale não só
para relacionamentos amorosos.
Com
certeza confiança não é algo que se adquire de uma hora para a
outra; é fruto de um mínimo de convivência. E não se engane:
ninguém é completamente confiável. A vida e a Bíblia nos dão
exemplos de pessoas de muita fé que acabaram cometendo erros. Mas
quem nunca cometeu um erro?
Mesmo
num relacionamento em que há confiança, tem sempre uma ponta de
ciúme e isso é absolutamente natural. E outros podem dizer que não
há meio termo: ou a pessoa é confiável ou não é. Mas não é bem
assim.
Renato
Russo chegou ao extremo ao dizer na canção “Mais uma vez” que
“Se você quiser alguém em confiar, confie em si mesmo”. Também
acho que não é bem assim.
Mas,
como disse Shakespeare, “plante
seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga
flores”.
“Jogue
suas mãos para o céu e agradeça, se acaso tiver alguém que você
gostaria que estivesse sempre com você”. Trecho da música “Na
rua, na chuva, na fazenda”, da banda Kid Abelha.