Malas
prontas, roupas jogadas no meio da rua, objetos atirados por todos os
lados.
Thiago
teve uma enorme surpresa quando chegou em casa. Ele simplesmente não
sabia o motivo daquilo. Pensou até que a casa tinha sido assaltada.
Na
cama havia somente um bilhete. Ele leu rapidamente.
“Como
você pôde fazer isso comigo?” Era só o que estava escrito no
pedaço de papel que ele tinha nas mãos.
Ele
não estava entendendo nada. Ligou no celular de sua esposa: fora de
área. O
que está acontecendo?
Minutos
depois, a sua esposa chegou gritando e chorando.
– Como
você pôde me trair com aquela vadia? Você é um cachorro, safado.
Ela
disse tantos outros palavrões que nem dá pra descrever. Mas ele
continuava sem entender nada.
– Por
que você acha que eu te traí? – ele perguntou simplesmente,
tentando manter a calma.
– Foi
o seu próprio irmão que me disse. Ele não mentiria sobre isso.
– Pois
ele mentiu e você deveria ter investigado antes de fazer tudo isso –
disse ele, parecendo irritado.
– Mas
por que eu duvidaria do seu irmão? Ele nunca mentiu pra mim – ela
disse entre um soluço e outro.
– Ele
não passa de um cafajeste que se faz de santo perto de você com
segundas, terceiras e quartas intenções. Só você não vê isso.
Ela
ficou pensando e acabou lembrando que a sua sogra já tinha falado
que o seu cunhado tinha uma leve queda por ela.
Ela
chegou perto de seu marido e o abraçou com força, aos prantos.
– Me
perdoe, meu amor. Eu tenho tanto medo de te perder – disse ela,
tentando conter o choro.
Ele
disse que ela devia confiar mais nele e tudo ficaria bem, depois que
ela apanhasse as roupas e objetos que estavam jogados pela casa e na
rua.
Depois
de tudo, fizeram amor como na lua de mel.
“Veja
só que tolice nós dois brigarmos tanto assim, se depois vamos nós
a sorrir, ficar de bem no fim.”
Trecho da música Brigas, de
Cauby
Peixoto.