Há muito tempo dizem que
o Brasil é o país do futuro. Mas esse futuro parece muito distante. A verdade é
que o nosso país tem tudo pra ser uma potência econômica, mas parece que somos
mais um desses casos de potencial desperdiçado.
É triste porque
reconhecidamente somos um povo hospitaleiro, sorridente e batalhador. Pelo
menos muita gente diz isso. Será mesmo? Muitas vezes, os estrangeiros são
recebidos com tiroteio e assalto à mão armada. Nosso potencial turístico
poderia ser muito maior.
Talvez sejamos
sorridentes e batalhadores. A maioria, certamente. Mas existem pessoas tristes,
que choram diariamente diante de tantas mortes injustificáveis e da pobreza
extrema. E há também uma classe acomodada – os chamados marajás, a alta elite
do funcionalismo público –, que muitas vezes nem trabalha, mas recebe altos
salários.
513 Deputados Federais! E
seus milhares de assessores? 200 não seria um número mais razoável? Obviamente,
se eles mesmo decidem quantos cargos devem existir na Câmara dos Deputados,
esse número nunca vai ser menor. Talvez muitos deles podem ser encaixados como
marajás…
Mas, como vamos ser o
país do futuro, se todos os dias centenas de pessoas são mortas e agredidas
pelos motivos mais banais? E o que dizer das mulheres que são espancadas e
mortas por seus próprios maridos/namorados? Os números de agressões e mortes
são assustadores e perdemos até de países que estão em guerra.
E muitos desses assaltos
e assassinatos são realizados durante o dia, no meio da rua e de outras
pessoas, demonstrando que os criminosos não sentem nenhum medo de morrer ou de
ser preso. Além da insegurança, existe uma sensação de impunidade.
Mas, no meio dessa
barbárie, existem cidades pacíficas e tranquilas. Por que elas são diferentes?
O que dizer de
Curitiba/PR, que é considerada uma das cidades mais limpas do mundo? Por que
outras cidades não podem fazer o mesmo? Na maioria dos municípios falta até
asfalto nas ruas e saneamento básico… O que falar da educação e de regras
mínimas de convivência? Muitas vezes parece algo de outro planeta.
O Brasil quer ser o país
do futuro, mas muitas rodovias ainda não são asfaltadas. São feitas de barro e,
quando chove, ninguém passa… Parece que estamos no século XIX.
País do jeitinho, das
pequenas corrupções diárias, entretanto é tudo normal, afinal bonito mesmo é
ser malandro.
Em algumas coisas somos
bons e poderíamos ser os melhores, mas ainda falta muito. Estamos muito
distantes e não vemos a luz no fim do túnel.
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“Vivemos esperando
dias melhores, dias de paz. […] Vivemos esperando o dia em que seremos melhores
[…] Vivemos esperando dias melhores pra sempre.” Trechos da música Dias
Melhores da banda Jota Quest.