George era um estudante de filosofia do 6º período, tinha uma visão
bastante crítica do mundo, com ideias extremistas para a solução
dos problemas da humanidade.
Ele vivia isolado, com pouquíssimos amigos. Tinha cabelos longos e
uma barba bem cheia. Quando não estava na faculdade, ele passava a
maior parte do seu tempo navegando na internet e brincando de jogos
de tiro, guerra e de estratégia militar.
Ele era realmente muito bom nesses jogos e chegou a ficar em segundo
lugar num torneio promovido pela internet com jogadores do mundo
todo.
A partir daí, começou a ser contatado, via internet, por alguns
supostos fundamentalistas, que queriam que ele participasse de uma
seita denominada “Gênesis”, que tinha como base a eliminação
de todas as pessoas que não fossem radicalistas islâmicos.
George não deu muito crédito àquelas mensagens, mas, em seguida,
vieram mensagens de texto, ligações e finalmente um encontro
pessoal com um membro da seita no Brasil.
Depois disso, ele, que era ateu, começou a frequentar uma mesquita e
a participar de reuniões secretas daquela seita.
Seis meses depois, George já tinha os mesmos ideais da “Gênesis”,
chegando ao principal cargo na pirâmide da seita, o mártir. Para
eles, era o cargo mais desejado, pois ao final receberia a honra de
morrer por Alá e uma passagem imediata para o céu, onde poderia
desfrutar de diversas recompensas, entre elas 72 virgens.
No final daquele ano, George foi preparado para uma missão especial.
Ele sabia o que isso significava e ficou muito apreensivo, mas foi
confortado por seus irmãos na fé.
Durante uma partida de futebol comemorativa, ele acionou o botão de
uma bomba de grande capacidade de explosão, matando 31 pessoas e
ferindo outras 53. Entre as vítimas estavam mulheres, crianças e
idosos.
No fim, George morreu ansioso e com medo. Para os extremistas, sua
morte foi uma alegria. Para todos os outros, foi apenas mais uma
morte sem sentido, que levou à morte pessoas inocentes.
“O homem bomba se esconde como um terrorista sem uma
reivindicação verbal pronto para explodir ao menor sinal.”
Trecho da música O homem bomba da banda O rappa.
Oi Diego, tudo bem?
ResponderExcluirFico muito triste quando vejo casos de atendado terrorista. Meio que nos faz pensar sobre a efemeridade da vida, já que a qualquer momento um radical pode fazer isso.
Beijos,
Priscilla
Infinitas Vidas
Oi Diego,
ResponderExcluirQue texto forte.
Acho que daria um bom livro, a história do George.
tenha uma ótima semana.
Nana - Obsession Valley
Seus textos são sempre muito profundos e incríveis, amei a história apesar de ser bem forte! ❤
ResponderExcluirwww.kailagarcia.com
Olá, Diego!
ResponderExcluirQue escrita gostosa, que texto fluido!
Gostei da simplicidade com a qual narrou a história, que mesmo sendo curta não se tornou simplória.
Realmente essa questão das bombas e da morte em nome da salvação é um assunto bem delicado.
Um abraço.
Diego, Blog Vida & Letras
www.blogvidaeletras.blogspot.com
Olá, Diego! Tudo bem?
ResponderExcluirEu sempre fico fascinado com seus textos, e esse em especial me chamou muita atenção. Poderia desenvolver mais a história do texto e torná-lo em um conto. Acredito que não foi apenas eu que pensei nisso.
Uma ótima semana. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
Olá, Diego.
ResponderExcluirGostei muito do texto e do assunto abordado. As vezes eu fico imaginado como eles convencem as pessoas a se matarem em nome de uma religião. Penso como nos comentários acima, podia virar um conto hehe.
Blog Prefácio
Oi, Diego! Tudo bem? Nossa, muito tenso e triste. Eu sempre fico me perguntando o que passa na cabeças de pessoas que cometem atentados como o do texto e você conseguiu sanar um pouco as minhas dúvidas! Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirAbraço
https://tonylucasblog.blogspot.com.br/