quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Extremista islâmico

 George era um estudante de filosofia do 6º período, tinha uma visão bastante crítica do mundo, com ideias extremistas para a solução dos problemas da humanidade.
Ele vivia isolado, com pouquíssimos amigos. Tinha cabelos longos e uma barba bem cheia. Quando não estava na faculdade, ele passava a maior parte do seu tempo navegando na internet e brincando de jogos de tiro, guerra e de estratégia militar.
Ele era realmente muito bom nesses jogos e chegou a ficar em segundo lugar num torneio promovido pela internet com jogadores do mundo todo.
A partir daí, começou a ser contatado, via internet, por alguns supostos fundamentalistas, que queriam que ele participasse de uma seita denominada “Gênesis”, que tinha como base a eliminação de todas as pessoas que não fossem radicalistas islâmicos.
George não deu muito crédito àquelas mensagens, mas, em seguida, vieram mensagens de texto, ligações e finalmente um encontro pessoal com um membro da seita no Brasil.
Depois disso, ele, que era ateu, começou a frequentar uma mesquita e a participar de reuniões secretas daquela seita.
Seis meses depois, George já tinha os mesmos ideais da “Gênesis”, chegando ao principal cargo na pirâmide da seita, o mártir. Para eles, era o cargo mais desejado, pois ao final receberia a honra de morrer por Alá e uma passagem imediata para o céu, onde poderia desfrutar de diversas recompensas, entre elas 72 virgens.
No final daquele ano, George foi preparado para uma missão especial. Ele sabia o que isso significava e ficou muito apreensivo, mas foi confortado por seus irmãos na fé.
Durante uma partida de futebol comemorativa, ele acionou o botão de uma bomba de grande capacidade de explosão, matando 31 pessoas e ferindo outras 53. Entre as vítimas estavam mulheres, crianças e idosos.
No fim, George morreu ansioso e com medo. Para os extremistas, sua morte foi uma alegria. Para todos os outros, foi apenas mais uma morte sem sentido, que levou à morte pessoas inocentes.


O homem bomba se esconde como um terrorista sem uma reivindicação verbal pronto para explodir ao menor sinal.” Trecho da música O homem bomba da banda O rappa.

7 comentários:

  1. Oi Diego, tudo bem?
    Fico muito triste quando vejo casos de atendado terrorista. Meio que nos faz pensar sobre a efemeridade da vida, já que a qualquer momento um radical pode fazer isso.
    Beijos,

    Priscilla
    Infinitas Vidas

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  2. Oi Diego,
    Que texto forte.
    Acho que daria um bom livro, a história do George.

    tenha uma ótima semana.
    Nana - Obsession Valley

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  3. Seus textos são sempre muito profundos e incríveis, amei a história apesar de ser bem forte! ❤

    www.kailagarcia.com

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  4. Olá, Diego!
    Que escrita gostosa, que texto fluido!
    Gostei da simplicidade com a qual narrou a história, que mesmo sendo curta não se tornou simplória.
    Realmente essa questão das bombas e da morte em nome da salvação é um assunto bem delicado.

    Um abraço.

    Diego, Blog Vida & Letras
    www.blogvidaeletras.blogspot.com

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  5. Olá, Diego! Tudo bem?

    Eu sempre fico fascinado com seus textos, e esse em especial me chamou muita atenção. Poderia desenvolver mais a história do texto e torná-lo em um conto. Acredito que não foi apenas eu que pensei nisso.

    Uma ótima semana. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/

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  6. Olá, Diego.
    Gostei muito do texto e do assunto abordado. As vezes eu fico imaginado como eles convencem as pessoas a se matarem em nome de uma religião. Penso como nos comentários acima, podia virar um conto hehe.

    Blog Prefácio

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  7. Oi, Diego! Tudo bem? Nossa, muito tenso e triste. Eu sempre fico me perguntando o que passa na cabeças de pessoas que cometem atentados como o do texto e você conseguiu sanar um pouco as minhas dúvidas! Parabéns pelo texto.

    Abraço

    https://tonylucasblog.blogspot.com.br/

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