quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Ciúme doentio

 

Alessandra era jovem, cursava o sétimo período do curso de Direito e se envolveu amorosamente com um professor durante três meses.

Viu que ele era ciumento demais e terminou o relacionamento. Lógico que ele não aceitou de forma pacífica o fim e ligava diversas vezes, tentando reatar o namoro. Às vezes a seguia e chegou a ameaçá-la de morte.

Ele era professor de Direito e, como alguém formado na área, deveria saber que ameaça é crime, mas com o passar do tempo as ameaças foram aumentando e ela se viu num beco sem saída.

Denunciou a situação ao diretor do curso, que não deu muito crédito à história e preferiu não fazer nada.

A família dela estava preocupada e tentou comunicar o caso à polícia, mas o professor cumpriu a ameaça muito rapidamente e, numa manhã chuvosa, quando Alessandra saía de sua casa, em seu carro, ele chegou e adentrou o veículo. Ela ficou assustada e ele disse que não conseguia mais viver sem ela. Ele parecia muito instável e desesperado.

Ela tentou acalmá-lo e disse que eles poderiam marcar um jantar e conversar. Mas ele já estava decidido. Sacou a arma e atirou na cabeça de Alessandra, que caiu morta.

Logo em seguida, ele colocou o corpo dela no banco traseiro e dirigiu o veículo até a delegacia mais próxima e se entregou.

No enterro, o pai de Alessandra estava desamparado. Não conseguia sequer ficar de pé. Ela era a alegria dele, um lavrador, que teria a chance de ver a sua única filha se formar. Esse era o seu grande sonho, que não mais se realizaria por causa do ciúme doentio do ex-namorado.


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Um cara enciumado só faz o que é errado e acaba tudo em dor.” Trecho da música Ciúme exagerado da dupla Edson e Hudson.


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