Clara
havia acabado de sair do banco, quando entrou numa loja de roupas,
querendo comprar o vestido que ela tanto sonhava. Nesse momento,
apareceu uma moça, uma vendedora cheia de sorrisos.
Clara
foi direto ao vestido. Ela já sabia o preço, mas perguntou mesmo
assim.
-
Trezentos e cinquenta reais – disse a vendedora, com um pouco de
indiferença, talvez porque Clara não estava bem vestida, ou porque
Clara era negra ou simplesmente porque aquele vestido era o mais caro
da loja.
-
Qual é o desconto? – perguntou Clara, sabendo que não teria
nenhum desconto.
-
Esse é o preço para pagamento à vista ou no cartão – disse a
vendedora, já olhando para a madame que chegava toda arrumadinha,
olhando as primeiras peças da loja. – Enquanto você escolhe, vou
atender aquela mulher – disse, demonstrando um pouco de
insatisfação por atender Clara, como se soubesse que ela não
compraria nada.
-
Espere. Eu já escolhi. Eu quero esse vestido. Onde posso
experimentar?
A
vendedora, meio surpresa, indicou o vestuário e saiu rapidamente
para auxiliar a madame, que olhava quase tudo e ia selecionando
vários itens para experimentar, porém não comprou nenhum.
Então,
Clara, que demorou no vestuário porque estava visualizando o vestido
em todas as posições possíveis, saiu do provador e disse à
vendedora que o vestido estava perfeito. Queria levá-lo. Ia pagar
com o cartão de crédito.
A
vendedora demorou para acreditar quando percebeu que o cartão tinha
saldo suficiente. Olhou novamente para Clara, surpresa e desnorteada,
e lhe entregou o vestido.
Clara
saiu da loja quase chorando. Só não chorou porque já havia passado
por situações piores.
A
vendedora sentiu-se estranhamente vazia e, ao mesmo tempo, cheia de
preconceitos. Teve vontade de chorar.
"Não
seja um imbecil. Não seja um ignorante. Não se importe com a origem
ou a cor do seu semelhante". Trecho da música Racismo é
burrice de Gabriel, o pensador.
Oi Diego,
ResponderExcluirAcho que o quote da música já resume bem o meu sentimento em relação ao preconceito.
Infelizmente, ainda acontecem coisas assim e/ou piores =/
bjs e tenha uma ótima terça.
Nana - Obsession Valley
Oi Diego!
ResponderExcluirNão vivo esse tipo de preconceito, mas dói imaginar essa situação. O ser humano tem que combater muitos e muitos preconceitos, mesmo no século XXI.
Beijos,
Priscilla
http://infinitasvidas.wordpress.com
Olá Diego,
ResponderExcluirAdoro ler textos que falam sobre preconceito, porém odeio atitudes preconceituosas.
No meu blog está tendo um sorteio maneiro. Que tal participar? :)
http://quetal-carol.blogspot.com.br/2015/08/sorteio.html
Beijos,
Carol ♥
Olá,
ResponderExcluirInfelizmente essa é uma situação comum de acontecer, às vezes as lojas nem sequer atendem a pessoa, por julgar que ela não tem condições de comprar. É triste...
Beijos.
Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com
Olá, Diego
ResponderExcluirTudo bem?
Gostei bastante do texto. Um grande exemplo de preconceito racial. Infelizmente o preconceito, seja por cor, classe social e orientação sexual ainda é bem predominante em nossa sociedade. Espero sinceramente que isso mude completamente um dia, ou que ao menos as pessoas que possuem tais pensamentos guardem para si, não machucando assim os outros com seus olhares e até mesmo palavras ofensivas.
Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
Olá. Gostei do tema do texto, mas acho que poderia ser mais trabalhando, acho que ficou um pouco curto.
ResponderExcluirMas gostei de como foi abordado, já que esse tipo de situação realmente acontece.
Lembrei da cena do filme Uma Linda Mulher.
Beijo
www.ooutroladodaraposa.com.br
Ooi Diego, tudo bom?
ResponderExcluirNa hora que comecei a ler já lembrei de Uma Linda Mulher, quando ela entra loja toda mal vestida e a mulher manda ela embora, depois ela volta rica e maravilhosa e samba na mulher HSUAHSUHH
Infelizmente isso acontece em todas as situações possíveis e é horrível ser tratado mal,
Beijoos,
Sétima Onda Literária