A
vida de Juliano começou a ficar agitada dois meses depois do término
de um namoro de três anos. Desde então, passou a sair muito com os
amigos e algumas mulheres. Passava o dia todo trabalhando muito e à
noite, quase sempre, tentava se divertir, distrair-se, passar o
tempo.
Mas,
depois de três meses, Juliano começou a sentir falta de ter alguém
para dividir o seu tempo, as suas conquistas pessoais e as suas
angústias.
As
garotas com quem saía nem sequer queriam um segundo encontro. Parece
que elas estavam querendo só mais um cara nas suas listas. A
conversa era muito superficial. Ele estava ficando sufocado, vivendo
aquela vida agitada. Sentia-se sozinho e precisava de algo diferente.
Num
domingo, num desses feriados prolongados, a cidade estava quase
vazia. À noite, ele foi ao shopping e, depois de andar um pouco,
resolveu descansar num quiosque e ficou ouvindo a música que era
tocada ao vivo. Havia poucas pessoas e, de repente, ele viu surgir
meio distante uma mulher. Quanto mais ela se aproximava, mais ele
percebia que ela era charmosa. E ela se aproximou ainda mais e se
sentou junto de uma mesa próxima. Estava com uma amiga, mas parecia
que estava triste, refletindo.
Ele
estava com medo de se aproximar, mas a sua vontade de falar com ela
falou mais alto e, depois de observar um pouco, ele decidiu ir lá.
-
Oi. Tudo bem? – ele disse olhando para ela e fez uma pequena pausa.
- Eu estava sentado aqui do lado e te vi e fiquei pensando que se eu
não viesse falar com você eu não iria me perdoar.
Elas
sorriram e a amiga o examinou por dois segundos.
-
Senta aí – disse a amiga, tentando ser educada e talvez
aproveitando a oportunidade de sua amiga conhecer outra pessoa.
-
Obrigado – ele disse para a amiga e depois se dirigiu para o seu
alvo. – Parece que você está triste.
-
Estou um pouco triste mesmo. Decepcionada.
-
Acho que estou na mesma situação – ele disse, sorrindo. – A
propósito, meu nome é Juliano.
Eles
se cumprimentaram e ela disse que se chamava Helena.
-
Eu já não sei o que fazer – disse ela com a voz suave. Ela
parecia um pouco constrangida. – Eu não deveria estar falando com
você e muito menos sobre o que eu quero falar.
Ela
não costumava falar com desconhecidos, mas teve uma boa impressão
de Juliano e sua amiga já tinha dado seu aval antes mesmo de ele ir
falar com elas.
-
Você poderia me emprestar a sua amiga por dois minutos – disse ele
para a amiga de Helena.
-
Claro. Vou dar uma volta. Comportem-se, crianças – disse a amiga
zombeteiramente.
-
Sua amiga é uma figura! – disse ele, sorrindo. Fez uma pausa para
retomar o assunto. - Não se preocupe, Helena. Você pode falar o que
quiser. Prometo que vou ser um bom ouvinte – ele disse, tentando
deixá-la mais à vontade.
-
É que eu não tenho sorte com os homens. Eles sempre me magoam
muito. Eu terminei um namoro recentemente.
-
Puxa, deve ter sido difícil, né? Mas você não deve se desanimar.
Ainda vai encontrar o homem certo, quando menos esperar.
-
Eu espero que sim, mas está tão difícil, pois ninguém quer nada
sério.
Juliano
esperava que ele fosse esse homem. Começou a contar sobre a sua vida
agitada, suas angústias, sobre querer algo sério com uma mulher e
de não encontrá-la, e Helena percebeu que começava a se interessar
por ele.
Trocaram
números de telefone, começaram a se encontrar para conversar e, no
terceiro encontro, Juliano chegou bem perto dela e percebeu que as
bochechas dela ficaram coradas. Tocou sua mão direita no rosto dela
e disse:
-
Você é tão linda. Eu não consigo mais esperar.
Ele
a beijou com muito sentimento. Sentiu um sabor diferente e que sua
vida mudaria completamente a partir daquele momento.
-
E aí? Vamos namorar? – ele perguntou de forma engraçada.
-
Você vai precisar falar com meu pai sobre isso... – ela respondeu
com a expressão séria. Ele ficou surpreso e com receio. – Precisa
não. Eu só queria ver a sua cara – ela disse sorrindo e depois
deu o tão esperado sim.
“Eu
quero alguém pra mim, pra chorar quando choro sozinho. Eu quero
alguém pra mim, pra sorrir quando dou um sorriso. Eu quero alguém
pra me amar, só pra me amar.”
Trecho da música Vinte e Seis, da banda Rosa de Saron.
Como adoro ler seus textos! Hahhahaha
ResponderExcluirhttp://quetal-carol.blogspot.com.br/
Olá, Diego.
ResponderExcluirQue texto lindo. Leve, romântico e engraçado ao mesmo tempo. Eu quero alguém para eu amar também, mas tá difícil hehe.
Blog Prefácio
Oi Diego,
ResponderExcluirHAHA ri do final dela pregando peça nele.
Linda a história deles, ainda bem que ela deu uma chance a ele *.*
E a música casou muito bem.
tenha um ótimo final de semana.
Nanan - Obsession Valley
Olá, Diego, tudo bem?
ResponderExcluirMais uma vez um conto super reflexivo.
Acho que a busca por felicidade e alguém que nos ame de verdade sempre vai perdurá até de fato encontrarmos a pessoa certa e mais, quando de fato tivermos a certeza.
Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
Oi Diego, tudo bem?
ResponderExcluirApesar de um pouco rápido demais, fico feliz que eles tenham encontrado a felicidade. Passar o tempo fazendo besteiras pra esquecer dos problemas nunca ajuda ninguém. =/
Beijos,
Priscilla
http://infinitasvidas.wordpress.com
Olá,
ResponderExcluirHaaa, gostei dela fazendo aquela tensão no final, rsrs. Mas enfim, o texto ficou bem bacana e fofo <3.
Beijos.
Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com
Oi Diego!
ResponderExcluirPassando pra desejar um bom fim de semana e dizer que tem review de A Esperança - O Final lá no blog. =)
Beijos,
Priscilla
http://infinitasvidas.wordpress.com