quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Amor platônico

Valdinei estava começando o ensino médio e não tinha muitas experiências com mulheres. E isso era completamente normal, afinal ele tinha pouco mais de 15 anos.
Há cerca de três anos, ele começou a se interessar por uma colega de classe. Ela era uma das mais bonitas do colégio e havia vários garotos interessados. Valdinei, entretanto, nunca demonstrou nenhum interesse direto por ela, pelo menos não na frente de outras pessoas. Mas, no seu íntimo, ele a desejava e a idealizava, mesmo quando a viu ficando com outros dois garotos nesse intervalo de tempo. Para ele, aqueles garotos não a mereciam.
Mas agora ele estava no ensino médio, em outro colégio, e tinha tudo para começar uma nova etapa em sua vida, sem amores platônicos.
No entanto, não demorou muito para ele voltar a se interessar por outra colega de aula, Catherine. Dessa vez, porém, ele não pretendia ficar apenas observando e pra isso ele precisava vencer a sua timidez.
Ele sentia que poderiam namorar e, como eram colegas de classe, ele não teve problemas para começar a interagir com ela e se aproximar do grupo de colegas mais chegados dela.
Logo, eles estavam se dando muito bem e ele a ajudava nos trabalhos e atividades da escola, fazendo quase tudo que ela pedia.
Depois de algum tempo, ele decidiu agir. Eles estavam a sós, numa lanchonete perto do colégio, e conversavam divertidamente, quando ele resolveu se declarar.
Eu te amo – ele disse, simplesmente.
Ela fez uma expressão de surpresa e colocou a mão no rosto.
Mas nós somos apenas amigos…
Ele não sabia o que fazer, estava desnorteado e muito envergonhado. Por sorte, ele não disse mais nada, pois a situação ficaria ainda mais embaraçosa.
Espero que isso não interfira na nossa amizade – ela disse depois de alguns segundos de um silêncio constrangedor e saiu.
Mas a amizade nunca mais seria a mesma. Ele ficou mal durante alguns dias e aquele ano não foi o melhor da sua vida, pois teve que aguentar algumas piadinhas de seus colegas de sala.
Tempos depois, com a vida amorosa bem resolvida, ao relembrar dessa situação, ele sorriu e percebeu que depois dessa “lição” ele se tornou um homem melhor.


Talvez o silêncio nunca me perdoe por ter dito que te amo”. Trecho da música Neurose, da banda Reação em Cadeia.

7 comentários:

  1. Ah, gente, que triste!
    Tadinho dele!
    </3
    Adorei o texto. Mesmo triste, muito real.

    Beijoooos

    www.casosacasoselivros.com

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  2. Oi Diego,
    HAHA esse texto poderia facilmente encaixar na minha vida escolar...Eu fiz isso uma vez quando estava no Ginásio e o garoto morreu de rir da minha cara kkkkkkkkkkkkkkkk e depois ainda me zoou dizendo que eu ~amava~ ele pq era bonito.

    tenha um ótimo final de semana
    Nana - Obsession Valley

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  3. Oi, Diego! Tudo bem? Meu Deus, isso sempre acontece comigo! Vou até rir pra não chorar rs Mas enfim... Adorei o texto! <3

    Abraço

    http://tonylucasblog.blogspot.com.br/

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  4. Olá, Diego.
    Deu uma saudade desse tempo agora hehe. Nem me fale em gostar e não ser correspondido. Mas acho que ele foi muito rápido com a frase, deveria ter falado outras coisas primeiro hehe.

    Blog Prefácio

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  5. Olá Diego, tudo bem?
    Infelizmente a vida é assim né? Mas talvez ela não o merecia não é?!
    Abraços!

    Http://excentricagarota.blogspot.com.br

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  6. Oi Diego, tudo bem?
    Poxa, ele foi um pouco precipitado hahaha! Eu também me assustaria de ouvir um "eu te amo" assim, do nada. Lembrei do primeiro episódio de How I Met Your Mother. :P
    Beijos,

    Priscilla
    Infinitas Vidas

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  7. Oi Diego!
    Passando pra agradecer a visita e avisar que tem post no blog. =)
    Beijos,

    Priscilla
    Infinitas Vidas

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